

Os primeiros efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos começam a aparecer nas exportações da Bahia. Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), embora o comportamento das exportações para o mercado americano tenha sido, inicialmente, mais resiliente do que o das exportações totais do estado, os dados já apontam impactos significativos sobre setores estratégicos da economia baiana, principalmente entre alguns dos produtos que foram sobretaxados.
Na comparação entre os meses de julho e agosto de 2025, as exportações totais da Bahia registraram queda de 19,4%, passando de US$ 934,6 milhões para US$ 753,7 milhões. Na contramão desse movimento, as exportações baianas para os Estados Unidos aumentaram 9,8% no mesmo período, atingindo US$ 64,1 milhões.
Apesar do crescimento agregado, o detalhamento por tipo de produto revela que o aumento foi impulsionado, principalmente, por itens isentos de sobretaxa, cujas vendas mais do que dobraram (alta de 136,7%). Já os produtos afetados diretamente pelo tarifaço viram suas exportações recuarem 42,8%.
Segmentos mais afetados
Entre os produtos mais atingidos pelas tarifas estão manteiga de cacau, celulose, magnésia calcinada, ferroligas e calçados. Alguns itens, como butadieno não saturado e ferrosilício, simplesmente deixaram de ser vendidos para os Estados Unidos. Seis dos principais produtos baianos tiveram suas exportações totalmente interrompidas, com destaque para os setores químico/petroquímico, metalúrgico e de alimentos.
Em contrapartida, produtos como mangas e pneus para ônibus, mesmo sujeitos a tarifas elevadas, registraram aumento nas exportações, o que pode indicar uma antecipação de embarques antes do início da vigência das tarifas, em 6 de agosto.
A análise sazonal, que compara agosto de 2025 com o mesmo mês de 2024, também evidencia queda nas exportações baianas. O total exportado pelo estado caiu 35,7%, enquanto as vendas para os EUA recuaram 11,6%. Entre os produtos sobretaxados, a queda em relação a agosto de 2024 foi de 22%, enquanto os produtos livres da tarifa tiveram leve recuo de 4,2%.
Cenário ainda exige cautela
De acordo com a FIEB, ainda é cedo para mensurar completamente os efeitos do tarifaço. A instituição alerta que o comportamento observado pode ter sido influenciado por estratégias de antecipação ou adaptação adotadas por exportadores e compradores americanos desde o anúncio da medida, no início de julho.
Além disso, uma nova lista de produtos isentos foi divulgada pelo governo americano no próprio dia 9 de setembro, o que pode alterar novamente a dinâmica comercial. A análise detalhada de quais produtos baianos serão beneficiados por essa revisão ainda está em andamento.
Os primeiros efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos começam a aparecer nas exportações da Bahia. Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), embora o comportamento das exportações para o mercad
o americano tenha sido, inicialmente, mais resiliente do que o das exportações totais do estado, os dados já apontam impactos significativos sobre setores estratégicos da economia baiana, principalmente entre alguns dos produtos que foram sobretaxados.
Na comparação entre os meses de julho e agosto de 2025, as exportações totais da Bahia registraram queda de 19,4%, passando de US$ 934,6 milhões para US$ 753,7 milhões. Na contramão desse movimento, as exportações baianas para os Estados Unidos aumentaram 9,8% no mesmo período, atingindo US$ 64,1 milhões.
Apesar do crescimento agregado, o detalhamento por tipo de produto revela que o aumento foi impulsionado, principalmente, por itens isentos de sobretaxa, cujas vendas mais do que dobraram (alta de 136,7%). Já os produtos afetados diretamente pelo tarifaço viram suas exportações recuarem 42,8%.
Segmentos mais afetados
Entre os produtos mais atingidos pelas tarifas estão manteiga de cacau, celulose, magnésia calcinada, ferroligas e calçados. Alguns itens, como butadieno não saturado e ferrosilício, simplesmente deixaram de ser vendidos para os Estados Unidos. Seis dos principais produtos baianos tiveram suas exportações totalmente interrompidas, com destaque para os setores químico/petroquímico, metalúrgico e de alimentos.
Em contrapartida, produtos como mangas e pneus para ônibus, mesmo sujeitos a tarifas elevadas, registraram aumento nas exportações, o que pode indicar uma antecipação de embarques antes do início da vigência das tarifas, em 6 de agosto.
A análise sazonal, que compara agosto de 2025 com o mesmo mês de 2024, também evidencia queda nas exportações baianas. O total exportado pelo estado caiu 35,7%, enquanto as vendas para os EUA recuaram 11,6%. Entre os produtos sobretaxados, a queda em relação a agosto de 2024 foi de 22%, enquanto os produtos livres da tarifa tiveram leve recuo de 4,2%.
Cenário ainda exige cautela
De acordo com a FIEB, ainda é cedo para mensurar completamente os efeitos do tarifaço. A instituição alerta que o comportamento observado pode ter sido influenciado por estratégias de antecipação ou adaptação adotadas por exportadores e compradores americanos desde o anúncio da medida, no início de julho.
Além disso, uma nova lista de produtos isentos foi divulgada pelo governo americano no próprio dia 9 de setembro, o que pode alterar novamente a dinâmica comercial. A análise detalhada de quais produtos baianos serão beneficiados por essa revisão ainda está em andamento.
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