15 de September de 2025
setembro amarelo
Foto: Freepik
Estar atentos aos sinais, em familiares, amigos e colegas de estudo ou trabalho, é fundamental para oferecer ajuda em tempo.
setembro amarelo
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Acontece, durante o mês de setembro, a campanha mundial sobre a saúde mental e prevenção ao suicídio. Essa campanha recebeu nome de Setembro Amarelo, pois no trânsito, o sinal amarelo vem antes do sinal vermelho e significa alerta e vigilância. O Setembro Amarelo surgiu como uma resposta para quebrar o tabu do medo e do silêncio de falar sobre o suicídio e salvar vidas.

O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha. É um movimento de vida. Pretende reacender a esperança de milhares de pessoas que precisam de apoio, cuidado e acolhida. Por isso, é necessário falar de forma responsável, sobre o suicídio em escolas, universidades, Igrejas e meios de comunicação. A campanha é, também, um convite para que, quem sofre com pensamentos suicidas, portanto, procure apoio profissional de psicólogos e psiquiatras.

O suicídio é a uma das maiores preocupações de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida por ano. No Brasil, em média, 38 pessoas se suicidam por dia, um número alarmante que exige atenção de toda a sociedade. Apesar da gravidade do tema, é importante lembrar que o suicídio pode ser prevenido e, um dos caminhos, é ficar atentos aos sinais de alerta.

Quais são os sinais de alerta que podem levar ao suicídio?

Entre outros, podemos indicar os seguintes comportamentos: problemas afetivos, brigas familiares, solidão, estresse, depressão, isolamento social, uso abusivo de álcool, drogas, jogos virtuais e falta de ideais e de esperança na vida. Estar atentos a esses sinais, em familiares, amigos e colegas de estudo ou trabalho, é fundamental para oferecer ajuda em tempo.

O que fazer para reduzir suicídios?

Estar próximo da pessoa que apresenta sinais de alerta, acolher, dialogar, procurar ouvir mais e falar menos, sem críticas ou pressa para dar soluções. É urgente investir mais em políticas públicas, em Centros de Valorização da Vida (CVV), que está disponível 24 horas por dia, pelo telefone 188. E, também, preparar pessoas para acolher e encaminhar quem está com esse sofrimento. São atitudes que podem salvar vidas.

Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10). A vida é um dom de Deus e nós somos seus administradores e não proprietários. Por isso, não podemos dispor dela. Porém, nunca devemos pensar que uma pessoa, ao tirar a própria vida não tenha salvação. A misericórdia de Deus é infinitamente maior que nossas limitações e fraquezas. Ele oferece a seus filhos e filhas, até o último segundo, a oportunidade de arrependimento.

Dom Itamar Vian

Arcebispo Emerito

di.vianfs@ig.com.br

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