

Cabelo bonito não é só questão de vaidade: ele faz parte da nossa identidade e da forma como nos mostramos ao mundo. Quem nunca se sentiu mais confiante depois de um “bom hair day”? E não é só impressão: um estudo do Ibope Conecta, realizado em 2019 a pedido da marca Head & Shoulders, revelou que 85% das brasileiras acreditam que as madeixas influenciam diretamente na autoestima. A pesquisa também apontou que 68% das mulheres têm cuidados específicos para manter a vitalidade dos fios, enquanto 66% declaram que a principal atenção é para que as mechas fiquem bonitas e bem cuidadas.
Para a farmacêutica e bioquímica Vanessa Vilela, fundadora da Kapeh, rede pioneira no uso do café verde na cosmética, reconhecer os primeiros sinais é essencial para evitar que os danos se agravem. “O cabelo não adoece do dia para a noite. Ele dá indícios claros de que algo está errado, seja na raiz ou na estrutura capilar. Quanto antes identificarmos, mais rápido conseguimos tratar e recuperar a saúde”, explica.

Pensando nisso, Vanessa lista cinco sinais de alerta que mostram quando suas madeixas estão pedindo atenção:
- Perda além do normal
É esperado desprender de 50 a 100 fios capilares por dia, já que faz parte do ciclo natural de renovação. Mas quando a perda passa desse limite e começa a ser perceptível no travesseiro, no ralo do chuveiro ou em tufos soltos ao pentear, é sinal de alerta. “A rarefação capilar pode estar ligada a fatores como estresse, alterações hormonais, pós-parto, ou até mesmo ao uso incorreto de produtos químicos. Se ignorada, pode evoluir para afinamento ou até falhas visíveis na raiz capilar”, explica a profissional.
- Estruturas quebradiças e sem elasticidade
Um cabelo saudável é resistente: ele pode ser esticado levemente sem se partir. Quando as mechas se rompem com facilidade, estão fragilizadas. “O excesso de química, calor frequente de secador e chapinha ou até a falta de nutrientes compromete a elasticidade natural da fibra capilar. Esse enfraquecimento gera pontas duplas e compromete o crescimento saudável. A longo prazo, o cabelo perde volume e densidade”, destaca a especialista.
- Oleosidade ou ressecamento extremos
Mudanças bruscas na produção de óleo da pele do couro cabeludo são sinais de desequilíbrio. “O ressecamento intenso leva a fios ásperos, sem movimento e propensos à quebra. Já a oleosidade excessiva pode causar caspa, dermatite seborreica e até queda acentuada. Muitas vezes, esses problemas estão relacionados ao uso inadequado de shampoos, lavagens em excesso ou até ao clima”, alerta Vanessa.
- Falta de brilho e textura opaca
O brilho das madeixas está diretamente ligado à cutícula capilar bem selada. Quando as hastes ficam opacas, é porque as escamas estão abertas. “Isso pode ser resultado de agressões externas, como sol, poluição e vento, mas também de fatores internos, como má alimentação e deficiência de vitaminas. Um fio sem vitalidade mostra que não está retendo água e nutrientes adequadamente, o que compromete até o resultado de colorações e finalizações”, explica.
- Coceira, descamação ou dor na raiz capilar
A base do cabelo é determinante para a força das mechas. Se a raiz não está saudável, o fio não cresce forte. “Coceira constante, descamação e sensibilidade dolorida podem ser sintomas de problemas como dermatite, alergias a produtos ou até infecções fúngicas. O erro mais comum é mascarar o incômodo com loções ou lavar em excesso, quando, na verdade, o ideal é procurar um profissional para identificar a causa e tratar corretamente”, reforça.
Extra: cuide das madeixas de dentro para fora
Além de observar os sinais, ela reforça a importância de manter uma rotina de autocuidado. “Invista em bons produtos que tratem a estrutura capilar de verdade, desde a raiz até as pontas. Máscaras nutritivas, shampoos adequados para o seu tipo de cabelo e finalizadores de qualidade fazem toda a diferença. E não se esqueça: cuidar das madeixas é também valorizar a maquiagem natural que elas trazem ao seu visual”, conclui.
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