

Uma audiência pública será realizada na Câmara Municipal de Feira de Santana para discutir as condições da BR-324, no trecho que liga o município a Salvador. O requerimento, de autoria do vereador Marcos Lima (União Brasil), foi aprovado pelo plenário e propõe um amplo debate sobre a conservação da via, os altos índices de acidentes, a segurança viária e o cronograma de obras e duplicação sob responsabilidade dos órgãos federais e estaduais.
A BR-324 é o principal eixo rodoviário da Bahia, ligando Salvador a Feira de Santana. Representa o mais importante corredor logístico e de mobilidade urbana e de cargas do estado. No entanto, o vereador afirma que “a via enfrenta um cenário crítico de degradação e insegurança”. O grande fluxo diário de veículos, aliado às más condições do pavimento, à ausência de acostamentos adequados e às falhas de sinalização, tem contribuído para o aumento expressivo de acidentes e prejuízos à população.
De acordo com o requerimento, apenas no último ano foram registradas centenas de ocorrências pela Polícia Rodoviária Federal, resultando em dezenas de vítimas fatais e centenas de feridos. A falta de manutenção adequada transformou o trajeto entre Feira e a capital baiana em um dos mais perigosos do país, especialmente em períodos chuvosos, quando há maior risco de colisões múltiplas.
Desde maio de 2025, com o encerramento da concessão da ViaBahia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) passou a administrar a rodovia e iniciou ações emergenciais de recuperação. O Ministério dos Transportes também anunciou investimentos de cerca de R$ 500 milhões para obras de duplicação, restauração e implantação de passarelas e viadutos, sobretudo no contorno de Feira de Santana. No entanto, Marcos Lima destaca que essas intervenções “demandam acompanhamento público e cronogramas transparentes”.
O vereador justifica que a audiência pública tem o objetivo de mobilizar autoridades, entidades civis e representantes da sociedade: “É fundamental que o Poder Legislativo Municipal promova um espaço democrático de diálogo com as instituições responsáveis e com a sociedade civil organizada, de modo a garantir o direito à segurança e à mobilidade”.
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