4 de December de 2025
No Novembro Azul, especialista destaca os riscos do silêncio para a saúde emocional dos homens
Imagem ilustrativa - Freepik
Com homens liderando estatísticas de mortes evitáveis e suicídio, especialista reforça a urgência de abordar a saúde emocional como parte essencial do Novembro Azul.
No Novembro Azul, especialista destaca os riscos do silêncio para a saúde emocional dos homens
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Estudos recentes apontam que os homens continuam sendo os que mais adoecem e morrem por causas evitáveis no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, eles representam 76% das mortes registradas no país e quase 80% dos casos de suicídio, além de liderarem as estatísticas de alcoolismo e acidentes de trabalho, 94,3% das vítimas entre 2010 e 2019 eram do sexo masculino, de acordo com o IBGE. Esses números revelam um quadro alarmante de sofrimento silencioso, em que o adoecimento emocional é negligenciado e acaba impactando diretamente a saúde física.

Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Inca reforçam que fatores psicossociais e emocionais estão entre os que mais afetam o sistema imunológico, podendo favorecer o surgimento ou agravamento de doenças crônicas, incluindo o câncer. “A hipnose não é mágica, mas o que ela faz parece mágica, porque acessa memórias congeladas e permite o desbloqueio emocional.”, afirma o especialista, destacando que o método atua na liberação de emoções reprimidas.

Neste Novembro Azul, dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, a saúde mental masculina ganha um novo foco. Conforme estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Bahia deve registrar 6.510 novos casos da enfermidade em 2025, sendo 1.200 apenas em Salvador, ocupando o segundo lugar entre os estados com maior incidência da doença.

Para o psicoterapeuta Diego Wildberger, especialista em Hipnose Integrativa, a conexão entre corpo e mente é inegável. “Quando aprendemos a lidar com o que sentimos, o corpo responde com leveza. Cuidar da mente é cuidar do corpo. O corpo fala o que a mente silenciou.”

Diego Wildberger, psicoterapeuta – Foto: Divulgação

A campanha, tradicionalmente voltada à detecção precoce do câncer de próstata, também é, segundo o especialista, uma oportunidade de abrir espaço para conversas sobre emoções, vulnerabilidades e autoconhecimento. “Muitos homens mantêm comportamentos de repressão emocional. Vestimos uma armadura de força, mas em algum momento essa armadura vai começar a pesar”, observa o psicoterapeuta.

Ele ainda destaca que as angústias masculinas, como a sensação de não conseguir prover, proteger ou corresponder às expectativas sociais, acabam sendo canalizadas pelo corpo. “São cinco feridas universais que todos carregamos: traição, rejeição, humilhação, injustiça e abandono. E o que todos buscamos, no fundo, é amor, proteção, reconhecimento, pertencimento e acolhimento”, finaliza.

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