

Sem condições financeiras para manter o tratamento da filha, Patrícia Souza procurou a produção do Acorda Cidade para tornar pública uma situação e mobilizar a comunidade em uma campanha solidária voltada à compra de medicamentos de alto custo.
Divorciada e desempregada, Patrícia é mãe de Milena Gusmão Souza, jovem diagnosticada com cisto hemorrágico, condição que provoca dores intensas, sangramentos frequentes e até desmaios.
Segundo Patrícia, os primeiros sintomas começaram ainda na adolescência, com cólicas fortes durante o período menstrual. Inicialmente, a situação foi considerada comum, mas o quadro se agravou ao longo do tempo. No ano passado, Milena passou a apresentar sangramentos intensos e dores severas. Em fevereiro deste ano, ela chegou a desmaiar em via pública devido à intensidade da dor, o que levou a família a aprofundar a investigação médica.

Milena foi internada por quatro dias no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, após suspeita inicial de apendicite. Após avaliação ginecológica, foi confirmado o diagnóstico de cisto hemorrágico. Desde então, ela tem passado por acompanhamentos médicos frequentes, inclusive na Policlínica do Parque Ipê, onde, conforme relatado pela mãe, já precisou receber medicação intravenosa para conter as hemorragias.
Ao longo do tratamento, Milena utilizou diferentes métodos hormonais, como implante contraceptivo, pílulas, anel vaginal e outros medicamentos, que ajudaram a reduzir parcialmente o sangramento, mas não eliminaram as dores. Mesmo sob medicação, ela ainda sofre crises intensas, chegando a desmaiar e gritar de dor.
Atualmente, Milena faz uso de medicação manipulada de alto custo, prescrita para um tratamento mínimo de um ano. Cada etapa mensal do tratamento custa cerca de R$ 440, valor que a família não consegue arcar de forma contínua. Segundo Patrícia, há opções para três meses de tratamento com custo entre R$ 1 mil e R$ 1.900, mas o medicamento não é fornecido pelo sistema público de saúde por se tratar de fórmula manipulada.

Patrícia também enfrenta problemas de saúde. Ela foi diagnosticada com fibromialgia, espondilite anquilosante, além de depressão, ansiedade e transtorno de personalidade borderline. Devido às limitações físicas e emocionais, está desempregada e aguarda um resultado de processo junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Separada, mora de aluguel e relata dificuldades financeiras, inclusive com a pensão alimentícia da filha, que pode ser suspensa por Milena já ter 24 anos, apesar de estar impossibilitada de trabalhar por recomendação médica.
Milena cursa Medicina Veterinária e precisou se afastar do estágio. Mesmo com dores constantes, segue estudando em casa com autorização da coordenação do curso, comparecendo à faculdade apenas para provas e atividades avaliativas.
Diante da situação, Patrícia iniciou uma campanha solidária para arrecadar recursos destinados exclusivamente à compra dos medicamentos da filha. Quem desejar ajudar pode contribuir via Pix, pelo número (75) 98352-1227, em nome de Patrícia Fabiane Gusmão Dias de Souza. O número também funciona como WhatsApp para quem quiser mais informações, acessar receitas, relatórios médicos ou se preferir, deixar o valor diretamente pago na farmácia de manipulação.
Patrícia faz ainda um alerta às mulheres sobre a importância de não normalizar dores intensas durante o período menstrual e reforça que a campanha tem como único objetivo garantir o tratamento e a qualidade de vida da filha.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e YouTube e grupo de Telegram.
