Segundo o sindicato, a manifestação não está prejudicando o atendimento no HGCA, já que 30% da categoria permanece trabalhando.
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Os servidores públicos da Bahia, que atuam na área da saúde, realizam uma manifestação nesta quarta-feira (15), contra o reajuste salarial de 4%, proposto pelo governo do estado.
Em Feira de Santana, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais, se reuniram na frente do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a diretora de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde), Emanuela Valouise, informou que somente de inflação no ano de 2023, houve 4,6%.
“Nós servidores, estamos aqui na luta buscando um reajuste digno para o servidor da saúde, porque nós estamos com defasagem salarial de 54,5%. Nós passamos vários anos sem qualquer reajuste de salário, a inflação subindo, alimentos subindo, água sendo reajustada, luz sendo reajustada e nós servidores sem qualquer aumento. Nós estamos aqui lutando porque o governador fez uma proposta para este ano de 4%, dividido para uma parcela agora em maio e outra parcela em agosto, só que de inflação de 2023, foi mais de 4.6%. A gente precisa de um salário digno, a gente precisa pagar as nossas contas, a gente precisa honrar os nossos compromissos e dessa forma a gente não está conseguindo”, declarou.
Segundo Emanuela, a categoria ficou cerca de sete anos sem ter um reajuste salarial.
“Aqui nós temos vários servidores da saúde, tanto dos hospitais, como do Núcleo Regional de Saúde. Então tem o pessoal da Vigilância Epidemiológica, o pessoal da Vigilância Sanitária, o pessoal que atende aqui no hospital, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, são vários profissionais de saúde que estão nesta luta, estão tentando realmente ter essa melhoria. A gente ficou seis anos sem reajuste, porque praticamente no governo Rui Costa, a gente só teve um aumento em oito anos, então a gente passou seis a sete anos sem reajuste. Nós vamos seguir durante toda manhã e a proposta do SindSaúde é 10%, pelo menos 10%, então tem esta contra proposta que a gente fez para o governo, para a gente pelo menos, ter um pouco da recomposição dessa perda”, afirmou.
Ainda de acordo com a diretora de Comunicação, cerca de 30% dos servidores estão trabalhando na unidade hospitalar, para que os pacientes não fiquem desassistidos.
“A gente tem que manter os 30% de funcionamento, então a gente tem que cumprir o que está previsto em lei, Não podemos parar 100% e precisamos ter esse cuidado também para que as pessoas, a população, não fique desassistida, porque a gente também como saúde, a gente lida com a população, mas nós temos vários colegas que aderiram a este movimento e isso não só que em Feira de Santana, mas em todo o estado da Bahia, inclusive hoje tem colegas nossos que estão lá em frente ao antigo Iguatemi, o Shopping da Bahia, em Salvador”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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