
Apesar de que a tontura pode acometer todas as idades, os idosos têm uma maior incidência diante do mal funcionamento do sistema vestibular.
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Sentir tontura, para muitos pode ser uma prática comum associada a problemas de saúde, como a alteração na pressão, desidratação ou doenças cardíacas, mas, esta condição pode ser confundida com a vertigem e ambas, precisam de cuidados repentinos.
Seja na tontura ou na vertigem, o público da terceira idade, os idosos, são os mais propensos a sentirem o mal estar, devido a fatores naturais do envelhecimento. Sobre as principais características e formas de tratamento da vertigem e da tontura, que apesar de parecidas são distintas, o Acorda Cidade tirou dúvidas com o médico otorrinolaringologista Sandro Torres.

Distinção
A tontura é uma sensação de desequilíbrio corporal, em que o paciente, muitas vezes, pode sentir sensações de fraqueza ou a impressão de que a cabeça está girando. Já as vertigens são as tonturas que apresentam a falta sensação de movimento. Sandro Torres explicou como cada doença pode ser definida.
“A tontura é um sintoma mais genérico, ela é qualquer dificuldade de equilíbrio. Na tontura a pessoa pode sentir que está flutuando, pode sentir como se estivesse em um barco sem estabilidade ao andar, pode sentir como se estivesse caindo ou sendo empurrado para um lado e para o outro, para frente ou para trás, isso é tontura. A vertigem é um tipo específico de tontura, é além de sentir o desequilíbrio, uma rotação, a pessoa sente como se o ambiente estivesse rodando em torno de si ou como se ela estivesse rodando em torno do ambiente”, disse.
Público-alvo
Apesar de que a tontura pode acometer todas as idades, os idosos têm uma maior incidência à vertigem diante do mal funcionamento do sistema vestibular, que pode ser agravado com o passar dos anos. De acordo com o médico otorrinolaringologista, as quedas e lesões também são oriundas desta falta de equilíbrio.
“O idoso é uma faixa etária que tem mais pretensão a tontura por uma série de fatores. A primeira delas é fisiológica, natural do envelhecimento. Então, todo mundo que chega na terceira idade começa a diminuir as funções orgânicas, começa a ter catarata que não é doença, é degeneração natural, também cabelos brancos, a musculatura fica um pouco mais fraca, os tendões ficam menos propícios a responder aos comandos e com isso os idosos tendem a ter o desequilíbrio que pode ter relação com o labirinto ou não. Para se ter uma ideia, nós precisamos de quatro órgãos para ficarmos de pé. Um é o aparelho vestibular que é o aparelho do labirinto, a visão, secção que são os tendões e músculos que precisam estar integrados e o cerebelo. Então, quando se chega na terceira idade diminui o equilíbrio, aumenta o risco de vertigens, queda e lesões oriundas dessas comorbidades”, explicou.
Causas
Em sua maioria, as vertigens são causadas pela consequência da idade que afetam o labirinto, ou relacionadas aos distúrbios do metabolismo, problemas hormonais e síndromes.
“A principal causa é uma condição que se chama presbivertigem, prebi que vem de idade e vertigem que é a tontura rotatória, então a principal causa é a tontura oriunda da própria idade. Outras causas como doenças metabólicas como diabetes, hipertensão descontrolada, problemas tireoidianos, problemas hormonais, em geral também podem provocar tontura no idoso. A importância de diferenciar é que as tonturas gerais, genéricas podem ser por qualquer motivo, como cansaço, anemia, baixa de pressão, hipoglicemia, distúrbio hormonal. Já a vertigem, em 95% dos casos está associada ao labirinto que é o órgão principal do equilíbrio. O labirinto fica dentro do ouvido, então problemas metabólicos dentro do ouvido, problemas de audição podem afetar o equilíbrio porque o labirinto e parte auditiva do ouvido estão associados”, disse Sandro Torres.
Tratamento
Assim como as demais doenças, a tontura e a vertigem, especialmente, podem ser investigadas e tratadas conforme a sua causa inicial. O médico otorrinolaringologista enfatizou que a intervenção pode ser feita através de tratamento medicamentoso ou através de reabilitação vestibular.
“O tratamento varia de acordo com a causa. Um idoso, depois de uma investigação minuciosa, entende e diagnostica que ele tenha a presbivertigem, que é a vertigem do envelhecimento, a alternativa é a reabilitação, um tipo de fisioterapia que faz com que o idoso recupere a função do equilíbrio. Mas, a depender da causa, pode haver tratamento medicamentoso, tratamento com outras modalidades de intervenção ou com cirurgia”, explicou.
Quando procurar um médico
Além do impacto psicológico da perda do equilíbrio, os pacientes que possuem a vertigem, também têm um grande risco de queda. Por isso, aos primeiros sintomas de diminuição da firmeza, principalmente em idosos, é de suma importância procurar um especialista.
Conforme Sandro Torres, quanto mais rápida a percepção dos sintomas, menor as chances de agravamento e maiores as chances de reparação.
“Quando uma pessoa observar que está diminuindo a sua firmeza, a capacidade de se mobilizar sem precisar estar se segurando em ambientes, quando a pessoa começa a ficar com medo de andar um pouco mais rápido, ela não tem a segurança, antes de ter uma tontura é importante procurar um médico para que ele consiga corrigir o quanto antes. Labirintite é um termo genérico que usamos para designar qualquer tipo de vertigem provocada pelo labirinto, o que também leva ao risco de queda”, contou.
Prevenção
Como forma de prevenir quedas ou lesões que podem acometer a saúde, ao apresentar os primeiros sintomas de desequilíbrio, é significativo que os familiares procurem atendimento médico para o idoso. Sandro Torres concluiu ainda enfatizando os riscos da vertigem para este público.
“Nossa campanha que aconteceu em abril foi voltada para isso, para que o idoso não seja negligenciado principalmente pelos familiares que observam que ele está diminuindo a firmeza ao andar, diminuindo a sua capacidade de se mobilizar de forma mais ágil, então essas pessoas antes de terem uma crise de vertigem, devem ser encaminhadas ao otorrino e ao médico clínico ou geriatra para que seja feita uma investigação global, ver se ele está com algum distúrbio em exame laboratorial, seja do açúcar, do sangue mesmo, colesterol, a função tireoidiana, os hormônios sexuais que precisam estar alinhados e além disso ver como está o labirinto porque o idoso com o equilíbrio comprometido, o risco de queda é muito grande. Os ossos do idoso são mais frágeis e na queda a tendência é uma fratura e a vertigem é uma das principais causas para essas quedas”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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