O IAG buscou chamar atenção da sociedade em geral para a importância da manutenção dos Centros de Convivências para idosos na cidade.
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O domingo com cara de chuva não atrapalhou a motivação dos participantes da Primeira Caminhada da Longevidade, que aconteceu logo nas primeiras horas deste dia 2 de junho. Pessoas se concentraram na Praça do Céu, antiga Praça João Havelange, no bairro Cidade Nova, em Feira de Santana, para movimentar o corpo até o estacionamento da Farmácia Brito para conscientizar e combater a violência contra a pessoa idosa.
O objetivo da ação foi incentivar a prática das atividades físicas como forma de promoção da saúde e do bem-estar. Ela fez um alerta para a conscientização da violência contra a pessoa idosa, promovida no próximo dia 15 de junho. O Instituto Antônio Gasparini (IAG) buscou chamar atenção da sociedade em geral para a importância da manutenção dos Centros de Convivências para idosos na cidade. Os espaços são responsáveis por trazer saúde, dignidade e atenção para a terceira idade.
Eduardo Brito preside o IAG e esteve participando da ação. Ele falou ao Acorda Cidade sobre a importância de incentivar a manutenção desses centros.
“Tivemos uma despesa mensal de 7 mil. Essa despesa só é paga através de doações. Quando a gente recebe verbas de editais, utilizamos para projetos, então, o centro de convivência nas suas atividades, que também temos pessoas voluntárias, e espontaneamente estão doando seu tempo de trabalho, quando temos a verba conseguimos pagar profissionais e incrementar as ações do instituto. Porém, friso que essas despesas só acontece com participação e doações como essa. Essa caminhada teve a arrecadação da camisa e da chamada do Dia 15 de junho para chamar atenção da sociedade”, relatou.
Além do bem-estar de participar de uma caminhada em prol da saúde, os participantes tiveram acesso a sessões de alongamento e se divertiram com dança de salão, dança terapia e muitas outras atividades saudáveis.
Toda essa movimentação também teve um cunho solidário em ajudar o Centro de Convivência do bairro, Domingos Mincarone, que fica localizado no Caminho Maragogipe, nº 3, na Cidade Nova.
Ao Acorda Cidade, a coordenadora do centro, Irene Azevedo, falou sobre a importância de promover a prática da atividade de bem-estar para idosos, ainda mais por boas causas como a de hoje.
“Chamar a sociedade, conscientizar as famílias para a pessoa idosa que precisa de saúde, precisa frequentar espaços como esse, então esse é o primeiro sentido da caminhada. A gente quer chamar atenção sobre a violência contra a pessoa idosa. A família precisa incentivar seus idosos a saírem de casa, existem vários centros de convivência em nossa cidade”, relatou.
O Centro de Convivência Domingos Mincarone oferece cursos, aulas, oficinas e atendimentos médicos de forma gratuita para a comunidade. Mais de 50 idosos fazem parte da associação.
Segundo Irene, outras caminhadas devem ocorrer para continuar reforçando esse alerta sobre o cuidado e a presença de pessoas idosas nos espaços de convivência da cidade.
“Queremos chamar não só os idosos do Domingos Micanrone, mas os idosos que moram em torno do centro, de outros bairros. Teremos aí caminhadas nesse mês de junho contra a violência a pessoa idosa de outros espaços, então, vamos começar por aqui”, observou.
Um dos desafios para motivar os idosos, segundo Irene, é o etarismo, o preconceito contra os idosos. Para ela, esse estigma começa dentro de casa por parte da própria família que considera que a pessoa idosa é incapaz.
“Acham que a pessoa idosa envelheceu, adoeceu. E não é isso. As pessoas precisam entender que a pessoa só envelheceu, mas ela ainda tem sonhos, tem desejos, vontade. Vovô não é para tomar conta de netos, não é para se privar por conta dos filhos, ele é para seguir, inclusive, em espaços de convivência para ele. A vida em outra frase”, frisou.
Após viver por muitos anos na sociedade, trabalhando, criando e produzindo, a terceira idade é agora, a oportunidade de olhar um pouco mais com afeto para quem cuidou. Os idosos precisam olhar para si como pessoas que ainda tem muito pela frente para se viver.
Assim como a professora aposentada Rita Bastos que busca incentivo para participar dessas ações na promoção da saúde, do viver e do que ela ainda tem para compartilhar com outras pessoas.
“A vida, a saúde, o conhecimento que a gente compartilha com o pessoal, uma turma boa, professores maravilhosos, Irene nem se fala. Só vem coisas boas para a gente. Esse evento é excelente, nota 10, essa caminhada faz muito bem para gente”, declarou.
Subestimando todos os preconceitos contra a pessoa idosa que está entrando na terceira idade, Francinete Gomes da Silva, de 59 anos, enfrenta uma doença autodegenerativa com a disposição de quem quer viver e aproveitar a vida.
“Tenho síndrome do corpo rígido, mas o médico disse que como eu iria fazer atividade física, só pegou a minha perna esquerda. Fiz tratamento porque eu andava na pontinha do pé. Essa caminhada é tudo de bom. Através dela faço todas as atividades do Domingo Mincarone e faço exercícios de memória, ajuda muito”, acrescentou Francinete.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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