De acordo com o advogado, os dois homens que trabalham como sapateiros, foram presos de forma equivocada.
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Foram liberados na tarde de ontem (18) do Conjunto Penal de Feira de Santana, pai e filho, suspeitos de participarem do triplo homicídio que vitimou Jéssica Souza da Cruz, 28 anos, o companheiro dela Pedro José Correia dos Santos, 36 anos, e a filha do casal Mayla da Cruz Correia, de apenas 11 anos de idade, crime ocorrido no dia 27 de fevereiro de 2022.
As vítimas estavam dentro de casa, localizada na Rua Ipanema, bairro Campo Limpo, quando os autores chegaram de moto, invadiram e atiraram. Conforme informações obtidas pelo Acorda Cidade na época, os corpos foram encontrados em três cômodos diferentes. A garota estava no quarto, Pedro José na cozinha e Jéssica na sala.
A reportagem do Acorda Cidade conversou com o advogado Hércules Oliveira. Segundo ele, a absolvição dos dois suspeitos, ocorreu pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“A absolvição ocorreu no STJ. Após eles terem sido denunciados na comarca de Feira de Santana, pronunciados, nós entramos com o recurso em sentido estrito junto ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que manteve a sentença de pronúncia, ou seja, para eles irem à júri popular. Irresignados diante da falta de provas, manejamos um habeas corpus substitutivo de recurso especial junto ao STJ, que inicialmente negou a eliminar. Posteriormente nós agravamos dessa decisão e o ministro do STJ refez sua posição e despronunciou os acusados. Ou seja, o que é a despronúncia? É a absolvição. Por que foram absolvidos? Porque não tiveram qualquer tipo de participação nesse hediondo crime. Não há uma testemunha. Não há ninguém que tenha visto o local, inclusive a própria prova pericial, levantada pela Polícia Civil com a quebra dos sigilos telefônicos, quando submetida a uma sindicância pela defesa, quando fizemos uma investigação defensiva à parte, e uma empresa de telecomunicações, contratada pela defesa e pela família, chegou à conclusão de que eles estavam a cerca de 14 quilômetros de distância do local do fatídico. Ao passo que o relatório da Polícia Civil dizia que eles estavam o tempo inteiro na rua Ipanema. Quando nós sindicamos essa prova da polícia, ela caiu por terra”, declarou.
De acordo com o advogado, os dois homens que trabalham como sapateiros, foram presos de forma equivocada.
“Ficaram presos por mais de um ano diante de uma acusação que é uma aberração jurídica. O pai trabalha ali na porta da prefeitura há mais de 50 anos como sapateiro, conhecido de todas as pessoas dessa cidade. Os filhos seguem o mesmo caminho, consertam os sapatos desde quando nasceram. Então, nós fomos buscar um trabalho concentrado para provar a inocência. Estamos diante de dois inocentes”
Ao Acorda Cidade, Hércules Oliveira também informou que houve um caso de furto envolvendo mais de R$ 40 mil entre suspeito e vítima.
“Existia uma notícia que não se confirmou, que o Pedro (vítima) teria subtraído um valor da casa do sapateiro, cerca de 45 mil reais, isso não se confirmou. E que, posteriormente, o sapateiro teria registrado uma ocorrência policial e foi retirar essa ocorrência. Essa foi a linha de raciocínio da polícia, o furto. Só que, três meses antes, o Pedro, ele, em uma obra na cidade de Riachão do Jacuípe, subtraiu diversas ferramentas do proprietário, e esse proprietário, três meses antes da morte dele, mandou homens armados no Campo Limpo, esses homens armados invadiram a casa do Pedro, botaram arma na cabeça dele, levaram parte das ferramentas de volta e disseram que se não devolvesse o restante, ele queria matá-lo. E isso foi presenciado pelas irmãs, por vizinhos, por diversos outros parentes, e esses fatos foram narrados para a polícia, que não investigou essa linha”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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