

Após quase duas semanas de paralisação, os alunos da rede municipal de ensino de Feira de Santana voltam às salas de aula nesta segunda-feira (28). As atividades estavam suspensas devido a protestos dos professores, que reivindicam mudanças na carga horária, correção salarial e pagamento de funcionários terceirizados, entre outros pontos.
Mesmo com o retorno, a categoria permanece em estado de greve, aprovado em assembleia realizada na última sexta-feira (25). O estado de greve é uma forma de alerta ao governo municipal para a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado, caso não haja avanços nas negociações da pauta de reivindicações. O movimento é liderado pela APLB Sindicato – Delegacia Sindical Sertaneja (APLB Feira).

A situação tem gerado preocupação entre pais, que relatam incertezas sobre a continuidade das aulas e reclamam do impacto no aprendizado dos estudantes, apesar das reposições de aulas.
Prefeitura aciona justiça contra paralisações frequentes
Na última quarta-feira (23), a Justiça acatou uma ação movida pelo Município de Feira de Santana contra a APLB Sindicato, relacionada às paralisações frequentes. A decisão determinou que o sindicato mantenha pelo menos 70% dos professores em atividade nas unidades escolares da rede municipal, durante o movimento.
Na ação, o município argumentou que as paralisações estavam sendo realizadas de forma recorrente e sem formalização legal, o que caracterizaria uma greve camuflada, prejudicando o direito à educação de milhares de alunos.
Com base na essencialidade do serviço educacional, o juiz Nunisvaldo dos Santos deferiu a tutela de urgência solicitada, fixando multa diária de R$ 5.000,00 em caso de descumprimento da decisão.
O sindicato informou que pretende recorrer da decisão judicial.
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