Feira de Santana se destaca por sua estrutura de comércio, serviços e indústrias — principais propulsores de seu crescimento acelerado e constante — superando, durante anos, os índices de crescimento econômico do estado da Bahia e do Brasil. A força de sua economia e a diversidade dos negócios aqui gerados, com um empreendedorismo forte e pujante, me fazem nomeá-la como a Capital do Empreendedorismo da Bahia, superando, muitas vezes, em termos relativos, a capital do nosso estado, Salvador.
Com mais de 1.500 indústrias (entre microindústrias e empresas multinacionais), um setor de serviços altamente desenvolvido — seja na educação, com ensino médio de destaque nacional e mais de 30 faculdades de nível superior, tendo a UEFS e a UFRB como destaques no ensino público; seja na área de saúde, com especialidades diversas que atendem a uma região de mais de 3 milhões de habitantes, tanto no atendimento público, como o Hospital Clériston Andrade, o Hospital Estadual da Criança e o Hospital D. Pedro de Alcântara, quanto nos atendimentos particulares, com dois hospitais de redes nacionais: o EMEC (Rede Mater Dei) e o Santa Emília (Rede D’Or) — passando por serviços de excelência em imagens, abrigando a maior empresa de diagnóstico por imagem do Norte/Nordeste, além de outras especialidades reconhecidas nacionalmente.
Essa estrutura na cidade converge para o desenvolvimento de um setor de extrema importância para a economia local. Não temos atrativos naturais como belas praias ou campos conhecidos nacionalmente, mas o turismo de negócios e eventos, impulsionado pela importância econômica da cidade, é um dos mais relevantes dentro do setor de serviços. Com seus mais de 5.000 leitos disponíveis, hotéis de redes internacionais e rede hoteleira local, com padrões de 4 estrelas superiores aos econômicos, Feira de Santana recebe seus visitantes como sempre acolheu os migrantes que fazem parte de sua história. Restaurantes de padrão internacional, com diversidade de culinárias, aliados aos regionais que sabem como ninguém divulgar a cultura nordestina, cativam não só os visitantes como também os moradores da cidade.
Com toda essa estrutura, naturalmente nos destacamos na captação de eventos de médio porte, tornando-nos uma opção mais central e mais econômica do que eventos realizados na capital. Recentemente, o Governo do Estado concluiu a obra do Centro de Convenções da cidade — equipamento de bom porte, com um dos melhores teatros da Bahia, com 665 lugares (quiçá o melhor do interior) — que contribui decisivamente para acelerar o turismo de negócios e eventos da região. Inaugurado em dezembro de 2024, já foram realizados quatro ou cinco eventos-teste, sendo não só aprovados como também registrando, nos dias desses eventos, 100% de ocupação em muitos hotéis da cidade e alto movimento nos restaurantes e bares do município. Ainda sem definição de gestão para sua operação, esperamos que o Governo da Bahia resolva logo essa questão para destravar a pauta dos eventos, que, pela importância do Centro de Convenções, tem atraído a atenção dos realizadores. Não podemos deixar escapar esta grande janela de oportunidade para Feira de Santana.
O setor de turismo é um grande gerador de empregos na economia, com baixa geração de poluição (conhecido como a indústria sem chaminé), e hoje já tem um peso considerável na parcela de trabalhadores da cidade. No futuro, será ainda mais representativo, pois, com o e-commerce e as tecnologias disruptivas que avançam em uma velocidade inimaginável, o aconchego da hospitalidade humana jamais será substituído.
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