

O Brasil já havia saído do Mapa da Fome uma vez. Voltou. E agora saiu de novo. O anúncio feito em julho de 2025 pelas Nações Unidas marca um ponto de virada. Com o retorno do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a criação do Programa Cozinha Solidária e a valorização da agricultura familiar, o governo mostra que é possível enfrentar a fome com decisão política e investimento público.
Nesse contexto, em que o Brasil demonstra avanços no combate à fome, vale destacar que o país ocupa posição de destaque na produção mundial de alimentos. Ainda assim, parte da população enfrenta dificuldades para garantir uma alimentação regular e saudável. Diante desse cenário, o Governo do Brasil tem intensificado ações que fortalecem a segurança alimentar e nutricional, garantindo comida de verdade na mesa do povo, principalmente onde a fome mais aperta.
Segurança alimentar é coisa séria
Segurança alimentar quer dizer que todo mundo deve ter acesso, de forma contínua e garantida, a alimentos saudáveis, em quantidade suficiente e que respeitem a cultura e o jeito de viver de cada povo. Não é só matar a fome com qualquer coisa. É comer bem, com saúde, dignidade e respeito.
Cozinhas Solidárias: comida pronta pra quem mais precisa

As Cozinhas Solidárias apoiadas pelo governo vão preparar mais de 13 milhões de refeições em 2025. O investimento de R$ 15,5 milhões vai ajudar 27 cidades. Já são 410 cozinhas habilitadas, a maioria em locais onde o problema da fome é mais grave. Além disso:
- R$ 8 milhões estão sendo usados para modernizar bancos de alimentos em 9 cidades;
- Em parceria com a UFMG, tem apoio para criar ambientes mais saudáveis nas escolas;
- E tem formação de lideranças para cuidar das hortas e da agricultura urbana em 48 municípios, com ajuda da FGV.
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)

Esse programa compra alimentos fresquinhos da agricultura familiar e doa para quem mais precisa. Só nos últimos dois anos, mais de R$ 2 bilhões foram investidos na compra de 400 mil toneladas de alimentos. Eles vão parar na mesa de pessoas atendidas por creches, escolas, hospitais, cozinhas comunitárias, abrigos e outros equipamentos sociais.
Programa Fomento Rural
Esse programa ajuda o agricultor familiar a melhorar sua produção com recursos e assistência técnica. Quase 346 mil famílias já foram beneficiadas. A maioria, chefiada por mulheres que estão segurando as pontas e cuidando da terra.
Respeito à cultura alimentar dos povos tradicionais

Os modos de vida e a comida de comunidades como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros grupos tradicionais fazem parte da nossa história. O governo federal reconhece 29 segmentos de povos tradicionais e vem fortalecendo políticas para garantir que esses grupos tenham acesso à comida, sem abrir mão da sua cultura.
Entre 2019 e 2021, cresceu o número de famílias quilombolas e indígenas registradas no CadÚnico – o cadastro dos programas sociais. Isso ajuda a direcionar melhor as políticas públicas.
Programa Cisternas: água mais perto de casa
Com o Programa Cisternas, mais de 1 milhão de famílias passaram a ter água potável dentro ou perto de casa. Isso muda tudo. A água limpa ajuda a evitar doenças, facilita a produção de alimentos e melhora a renda. O tempo que antes era gasto carregando balde agora é usado para estudar, trabalhar ou descansar.
Quem foi beneficiado:
- Teve 29% menos chance de óbito;
- Reduziu em 26% às internações hospitalares;
- Teve aumento na chance de conseguir um emprego com carteira assinada;
- E a renda subiu, em média, 7,5%.
Agricultura urbana: hortas no meio da cidade
Muita gente acha que plantar é só coisa do interior, mas as cidades também estão se organizando. Desde 2018, já foram implantadas 231 hortas urbanas. Além disso, o governo distribuiu mais de 5 mil kits com sementes, insumos e ferramentas. Tem também capacitações e apoio técnico para quem quer plantar em casa, nas escolas, nos bairros.
Desde 2023, essa política passou a contar com vários ministérios trabalhando juntos: MDS, MDA, MMA e MTE.
Comida de verdade, com o sabor do nosso povo
Todos esses programas têm algo em comum: garantir que o povo brasileiro coma bem, com comida de verdade, feita com o que a terra dá e com o jeito de cozinhar de cada região. Valorizar a agricultura familiar, respeitar as tradições, e trabalhar em parceria com as comunidades é o caminho para que ninguém passe fome.
A comida na mesa, do jeito certo, é direito. E o Brasil inteiro precisa ter acesso a ela – do sertão ao litoral.
Saiba mais em: www.mds.gov.br
Caminhos para um Brasil Sem Fome – Ministério do Desenvolvimento
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