23 de August de 2025
Foto: Digasalinas/ Pixabay
Sensação de falta de segurança em terras baianas é compartilhada por 18% dos entrevistados da pesquisa realizada pela empresa DeÔnibus.
Foto: Digasalinas/ Pixabay

Nem a festividade, nem o clima contagiante: para muitos brasileiros, a Bahia também se tornou sinônimo de apreensão quando o assunto é turismo. De acordo com um estudo, 18% dos viajantes entrevistados afirmaram sentir insegurança ao visitar o estado, colocando-o em 3° lugar no pódio dos destinos mais preocupantes para quem chega “de fora”. 

Os dados são da DeÔnibus, site de passagens rodoviárias que, nas últimas semanas, investigou a relação dos turistas de diferentes regiões com a segurança, entre as situações negativas mais vivenciadas, experiências comuns nas rodoviárias e boas práticas para evitar momentos de susto longe de casa. 

Além das terras baianas, também ocupam o pódio dos lugares mais preocupantes os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que fomentariam, para os respondentes, algumas de suas maiores preocupações em uma viagem hoje: violência, possíveis golpes e medo de deslocamentos noturnos ou isolados.

Principais conclusões do estudo: 

  • Violência é a principal preocupação dos brasileiros durante uma viagem;
  • Rio, São Paulo e Bahia são os estados onde os viajantes se sentem mais inseguros;
  • 29% dos turistas já foram vítimas de roubo ou furto e 14% já caíram em golpes; 
  • 4 em cada 10 brasileiros já evitaram passeios e saídas turísticas por medo da violência; 
  • Pesquisar bastante (71%), evitar saídas à noite ou sozinho (60%) e se hospedar com segurança (60%) são algumas das dicas dos brasileiros. 

Do furto à violência: as principais preocupações dos brasileiros em uma viagem

Embora a última coisa desejada por um turista seja vivenciar momentos de adversidade, os dados da DeÔnibus deixam claro o quanto, hoje, a insegurança faz parte das experiências turísticas de brasileiros de todos os estados… sobretudo considerando as situações vividas pela população nos demais lugares. 

Bahia ocupa terceiro lugar entre os destinos que mais geram insegurança aos turistas brasileiros
Foto: DeÔnibus

Ao serem questionados sobre os maiores “sustos” de viagem, por exemplo, 97% dos respondentes afirmaram já ter experienciado ocasiões aflitivas em outras cidades ou países, como se hospedar em áreas arriscadas (27%), ter caído em golpes contra turistas (14%) e ser atingido pelo assédio ou discriminação (15), sem contar o mais comum entre os casos: ter tido seus objetos furtados ou roubados, impactando o roteiro planejado fora de casa. 

Entretanto, engana-se quem pensa que viver momentos do tipo tenha tornado os brasileiros acostumados com a falta de segurança. O efeito, na verdade, é o contrário: hoje, tanto a violência quanto o receio de possíveis golpes foram apontados como as principais preocupações dos viajantes ouvidos, algo que se reflete na resistência em fazer passeios em certos locais — especialmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, onde os respondentes se sentem mais inseguros em 2025.

Bahia ocupa terceiro lugar entre os destinos que mais geram insegurança aos turistas brasileiros
Foto: DeÔnibus

5 dicas para uma viagem segura segundo os viajantes 

Na busca por mais segurança em suas viagens, a DeÔnibus descobriu a quais boas práticas os brasileiros mais recorrem enquanto turistas, do momento em que escolhem suas hospedagens até as aventuras e passeios por aí. 

Para não ser pego de surpresa, o segredo, ao menos entre os entrevistados, estaria em pesquisar bastante, checando cada detalhe sobre os riscos e pontos de atenção do destino antes mesmo de fazer as malas (71%). Dessa forma, o viajante não apenas garantiria mais previsibilidade durante os dias fora, como ainda poderia descobrir novas facetas (e possíveis diversões) do lugar escolhido. 

Uma vez hospedado, somaria-se à dica acima uma série de cuidados essenciais, voltados à experiência nas ruas, restaurantes e demais espaços compartilhados: não levar ou exibir objetos de valor (57%), evitar andar à noite ou sozinho (60%) e deixar de usar dinheiro físico em locais movimentos (50%), por exemplo.

Em alguns casos, o contato frequente com familiares e amigos, bem como o envio da própria localização a pessoas de confiança — hábitos já praticados por cerca de 40% dos respondentes —, também podem ser de grande ajuda, em especial para mulheres, idosos, pessoas com deficiência e outros públicos vulneráveis. 

“É preciso colocar a segurança em primeiro lugar durante todas as etapas do planejamento de uma viagem”, destaca Ana Luiza Mattar, gerente de comunicação da DeÔnibus. “Escolher a própria passagem em sites confiáveis, bem como dar uma atenção especial à hospedagem escolhida, é o primeiro passo para garantir que um período de diversão e relaxamento não se torne uma dor de cabeça.”

Metodologia 

Para entender a relação entre segurança e viagens no Brasil, recentemente, a DeÔnibus entrevistou 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.

Ao todo, os respondentes tiveram acesso ao total de 5 questões, que abordaram diferentes aspectos do tópico, como os destinos nos quais se sentem inseguros, boas práticas para evitar certos riscos e como avaliam a segurança em trajetos de ônibus. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.

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