O canteiro de obras para duplicação de trecho do Anel de Contorno em Feira de Santana, deve ser totalmente instalado ainda nesta semana, com isto a análise técnica do terreno já tem dia marcado para começar. A informação foi passada durante uma reunião na manhã desta segunda-feira (1) envolvendo representantes do consórcio e lideranças.
Entre as lideranças presentes no evento, Marcelo Alexandrino, vice-presidente do Instituto Pensar Feira, contou que o trabalho com as máquinas deve iniciar na próxima segunda-feira (8) para análise do solo.
“Há muitos anos que a gente luta por isso e finalmente, aí está, contratada. Todo mundo se questiona que a obra não começa, mas na verdade a obra já começou com o trabalho de planejamento. De sondagem, que vai começar já na segunda-feira (8), e a pessoa vai começar a ver máquinas nessa pista aqui, mas o canteiro de obra já está praticamente todo montado”
Segundo o Deputado Federal Zé Neto, que também esteve presente na reunião, a fase de planejamento é um momento crucial para organizar o território para o início das movimentações práticas da obra.
“Nesta semana já vai acabar a instalação do canteiro de obras. O que acontece é que você tem um período que é de planejamento, a parte de desapropriação, a parte de organização do canteiro, e também tem a parte de topografia. Todas essas partes já estão sendo realizadas. E essa realização é que dá esse ‘delay’ entre esse começo e as obras com os tratores, com toda a movimentação”
O objetivo da reunião, segundo o deputado, é justamente dialogar com os representantes a respeito dos possíveis entraves que a movimentação das obras podem causar na cidade.
“Nós agora estamos discutindo com as representações sociais e econômicas da cidade para a gente viabilizar a obra, que claro, não vai ser simples. Uma obra dessa vai trazer algum transtorno, mas se houver diálogo, e essa conversa que nós estamos fazendo aqui, nós vamos ter muito mais facilidade de enfrentar os transtornos”
A obra de duplicação do trecho está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do Governo Federal. Zé Neto acrescentou também que desde o projeto inicial até os mais recentes ajustes, a obra foi expandida conforme investimentos foram acrescidos.
“O plano era com um teto de R$ 204 milhões. Se eu não me engano ela começa com R$ 189 milhões. Ampliou muito do início, porque no início não tinha esses equipamentos todos. Lá atrás, fomos junto com os empresários dos movimentos sociais em um desses aniversários de Feira, há dois anos atrás, e conseguimos reformular, o que aumentou o preço.”
Desapropriações
A respeito da desapropriação dos estabelecimentos instalados às margens da avenida, o Deputado Zé Neto explica os casos não poderão ser indenizados, uma vez que as instalações comerciais foram feitas dentro da área pertencente ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
“Eu sei da dificuldade, até faço aqui um apelo para a Prefeitura, que essas áreas precisam de relocação. O DNIT, ele até indeniza áreas, desde que as áreas não estejam dentro do escopo, dentro da chamada reserva legal do DNIT. E aqui você vê que tem umas situações que ela está em cima mesmo do acostamento, na reserva lega. São poucos casos que estão sendo resolvidos aí com diálogo”, informou.
Impactos comerciais e industriais
O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (Acefs), Adauto Júnior, afirma que essa é uma demanda há tempos almejada pelos feirenses.
“As entidades de classe, todas reunidas também, sindicatos do comércio, vem cobrando há muito tempo esse investimento. O nosso Anel de Contorno, esse lado leste, até o viaduto para o entroncamento para Serrinha, é completamente travado. E isso dificulta, estrangula o deslocamento pela cidade. Nossa cidade, que é o maior entrocamento rodoviário do Norte e Nordeste. Então para a gente, para o comércio de Feira de Santana esse início de obra é de fundamental importância”
Ele destaca que não apenas Feira de Santana recebe este fluxo de veículos através do Anel de Contorno, mas também diversas cidades da região e até de fora do estado dependem da via para chegar ao destino final.
“Feira de Santana é passagem para o Brasil todo. Quem vem do Sul para o Norte passa por Feira de Santana, Centro-oeste para o Norte e Nordeste, passa por Feira de Santana. E isso aqui atrapalha a forma como está passando. Com a duplicação isso vai se resolver”
O setor industrial foi representado no evento pelo presidente do Centro de Indústrias de Feira de Santana (Cifs), Geraldo Pires, que complementou que a categoria deve ser impactada positivamente pela duplicação.
“São boas notícias que a gente fica sabendo aqui, e esperamos essa melhora. Na chegada de matéria-prima para a gente trabalhar, as dificuldades que se encontram nesse Anel de Contorno são grandes. O fluxo hoje de carretas e carros, mas eu espero que agora se resolva com essa duplicação”, pontuou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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