Uma audiência de conciliação realizada na manhã desta terça-feira (2), no Fórum Filinto Bastos, buscou avançar nas negociações sobre os cortes de salários dos professores da rede municipal de Feira de Santana ocorridos em 2020, durante a pandemia da covid-19.
O encontro contou com a presença do secretário municipal de Educação, Pablo Roberto, representantes da Procuradoria e da Contabilidade do município, além da direção da APLB Sindicato e do advogado Maximiliano Ataíde.
Segundo o secretário Pablo Roberto, a audiência foi considerada “produtiva” e teve como encaminhamento a apresentação, no prazo de 15 dias, de uma lista nominal com os valores devidos a cada professor. Ele destacou que o município apresentou uma proposta de pagamento de R$ 16 milhões, valor que seria dividido entre cerca de 1.250 docentes.
“Já estamos avançando para finalizar esse processo, que é o pagamento dos descontos ocorridos durante a pandemia. Foi solicitado pelo Judiciário que apresentemos essa relação detalhada. Nossa expectativa é que na próxima audiência possamos encerrar a questão, garantindo que os professores recebam os valores que lhes foram descontados”, afirmou.
O secretário ressaltou que a proposta do município leva em consideração sua capacidade financeira atual e que a gestão não pretende assumir compromissos que não possa cumprir. A nova audiência está marcada para daqui a 30 dias.
Para o advogado da APLB, Maximiliano Ataíde, houve avanços no diálogo, mas ainda existem divergências sobre o valor total devido. Ele explicou que a entidade fará uma atualização dos cálculos com base nos dados que serão apresentados pela prefeitura.
“O município se comprometeu a apresentar a atualização dos débitos e, a partir disso, faremos o rateio da proposta de R$ 16 milhões em 12 parcelas. Essa proposta será submetida à Assembleia da categoria, que decidirá de forma democrática sobre a adesão”, destacou.
O advogado acrescentou que a APLB irá detalhar os valores individualizados para cada professor, o que deve facilitar o entendimento da categoria sobre quanto cada um terá direito a receber.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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