10 de September de 2025
Professores se dizem contrários a um novo chamamento para pagamento dos precatórios e cobram nova listagem
Foto: Divulgação
Segundo a professora Francisca da Silva Oliveira, a listagem foi entregue pelo prefeito, mas incompleta, faltando diversos dados.
Professores se dizem contrários a um novo chamamento para pagamento dos precatórios e cobram nova listagem
Foto: Divulgação

Professores da rede municipal de Feira de Santana seguem em mobilização para chegar a uma conclusão em relação à antecipação dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), que segue em impasse. 

Na última segunda-feira (8), o grupo realizou uma manifestação em frente à prefeitura de Feira, pedindo a listagem dos professores que gostariam de adquirir os precatórios. Já na terça (9), o prefeito José Ronaldo disse ao Acorda Cidade que vai reabrir o prazo para que bancos possam comprar os precatórios.

A ação acontece após tentativas da gestão municipal de encontrar uma instituição financeira que queira participar do processo de pagamento, mas os professores não querem um novo chamamento.

Segundo a professora Francisca da Silva Oliveira, a listagem foi entregue pelo prefeito, mas incompleta, faltando dados sobre a carga horária, tempo de serviço, entre outras informações. Este seria um dos motivos da recusa dos bancos. 

“O banco não aceita sem isso. Portanto, nós queríamos pedir ao senhor prefeito que fizesse a gentileza de colocar essa listagem a nosso favor. Portanto, queremos dizer que o professorado da rede municipal não aceita esse chamamento, porque já foi feito tudo conforme determinação judicial, ganhamos em todas as instâncias e não temos mais necessidade de chamamento”, disse ao Acorda Cidade.  

A professora ressaltou que já são um ano e sete meses de mobilização dos professores que querem a antecipação dos precatórios, mesmo com o deságio. 

“Ganhamos em todas as instâncias. Então, senhor prefeito, não há mais necessidade de chamamento. Nós, professores, não aceitamos. Precisamos urgentemente desta lista. Queríamos que o Senhor tivesse a humanidade e o respaldo necessários que nós temos para exigir do Senhor isso, que anule esse chamamento. Não precisamos mais disso, nós já temos tudo pronto. Precisamos da listagem”, acrescentou. 

Ainda segundo Francisca, a maioria dos professores que solicitou a antecipação são pessoas idosas, que enfrentam dificuldades financeiras e de saúde. 

“Nós ganhamos um salário, que vivemos penhorados nos bancos, que vivemos muitos nas mãos de agiotas. E outra: a maioria dos professores são idosos e estão doentes. Muitos com problema de câncer, com problema renal.”

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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