

Familiares da pequena Anna Thereza Almeida estão passando por uma situação classificada por eles como revoltante. É que a criança precisa de atenção domiciliar, através do atendimento Home Care, e o plano de saúde, sem explicação, parou de oferecer.
Anna Thereza tem nove anos de idade, ela nasceu em 2016 com o diagnóstico de microcefalia causada pelo zika vírus. Nos primeiros meses de vida, precisou ser internada por causa de uma infecção respiratória. Após o episódio, ela retornou para casa sob os cuidados do home care ofertado pelo Planserv.
Ao Acorda Cidade, a mãe, Agenildes Almeida, contou que durante todo este tempo (oito anos) o tratamento estava normal, mas tudo mudou do último mês para cá. No dia 20 de novembro deste ano, Anna Thereza voltou a ser hospitalizada com uma infecção urinária. No dia 24, ela já estava pronta para ter alta, mas o home care deixou de ser ofertado.
“Até o dia de hoje, 17 de dezembro, nenhuma resposta do Planserv. Já colocamos na justiça também, nenhuma resposta”, relatou a mãe.
Segundo Agenildes, até mesmo a estrutura médica para atender a criança em casa precisou ser devolvida à Vitalmed, pois a empresa não está recebendo mais o pagamento do Planserv.
Diante desta situação, a criança segue no hospital, até que o Home Care seja restabelecido. O problema é que a família não tem obtido respostas do plano. Enquanto isso, Agenildes não está conseguindo ir para o trabalho porque precisa ficar com Thereza no Hospital Bambino.
“A pergunta é: o que iremos fazer? Vamos ficar morando no hospital? Ela precisa de uma assistência 24 horas, assistência de enfermeiro, assistência de fisioterapia, de fonoterapia, nutricional e médica. Tudo é o plano de saúde. O Planserv é um plano de saúde que a gente não tem na inadimplência, porque na verdade já vem descontado em salário, em folha.”
Já foram dezenas de ligações para o Planserv, mas nenhum retorno concreto.
“Eu tenho mais de 20 protocolos, que todos os dias eu ligo para o plano de saúde. Aí todo dia é uma conversa, que está rodando nas empresas. Em nenhum momento também eles estão liberando as negativas, porque eles sabem que isso aí é prova contra eles mesmos, mas só estão na enrolação, dizendo que as empresas já estão fazendo cotação. Você faz perguntas, você faz ligações e as informações não casam. São informações soltas”
Além da espera que altera a rotina da criança e da família, a paciente acaba ficando exposta ao risco de novas infecções por estar dentro de um hospital.
“A gente não pode ficar o tempo todo aqui no hospital, porque a menina está suscetível a pegar novas infecções e novos problemas, é uma paciente que já tem uma saúde fragilizada. Ela já está agitada, estressada porque está em um ambiente hospitalar, ela saiu da rotina dela”.
O apelo da mãe é para que a situação seja resolvida o mais rápido possível, pois já são quase 30 dias vivendo o estresse da situação e sem informações sobre previsão de resolução.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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