18 de December de 2025
Mãe relata descaso do Planserv após suspensão do Home Care para criança com microcefalia
Agenildes Almeida, mãe de Anna Thereza - Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
A menina que já teve alta hospitalar permanece no hospital, pois não pode voltar para casa sem assistência domiciliar.
Mãe relata descaso do Planserv após suspensão do Home Care para criança com microcefalia
Agenildes Almeida, mãe de Anna Thereza – Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Familiares da pequena Anna Thereza Almeida estão passando por uma situação classificada por eles como revoltante. É que a criança precisa de atenção domiciliar, através do atendimento Home Care, e o plano de saúde, sem explicação, parou de oferecer.

Anna Thereza tem nove anos de idade, ela nasceu em 2016 com o diagnóstico de microcefalia causada pelo zika vírus. Nos primeiros meses de vida, precisou ser internada por causa de uma infecção respiratória. Após o episódio, ela retornou para casa sob os cuidados do home care ofertado pelo Planserv.

Ao Acorda Cidade, a mãe, Agenildes Almeida, contou que durante todo este tempo (oito anos) o tratamento estava normal, mas tudo mudou do último mês para cá. No dia 20 de novembro deste ano, Anna Thereza voltou a ser hospitalizada com uma infecção urinária. No dia 24, ela já estava pronta para ter alta, mas o home care deixou de ser ofertado.

“Até o dia de hoje, 17 de dezembro, nenhuma resposta do Planserv. Já colocamos na justiça também, nenhuma resposta”, relatou a mãe.

Segundo Agenildes, até mesmo a estrutura médica para atender a criança em casa precisou ser devolvida à Vitalmed, pois a empresa não está recebendo mais o pagamento do Planserv.

Diante desta situação, a criança segue no hospital, até que o Home Care seja restabelecido. O problema é que a família não tem obtido respostas do plano. Enquanto isso, Agenildes não está conseguindo ir para o trabalho porque precisa ficar com Thereza no Hospital Bambino.

“A pergunta é: o que iremos fazer? Vamos ficar morando no hospital? Ela precisa de uma assistência 24 horas, assistência de enfermeiro, assistência de fisioterapia, de fonoterapia, nutricional e médica. Tudo é o plano de saúde. O Planserv é um plano de saúde que a gente não tem na inadimplência, porque na verdade já vem descontado em salário, em folha.”

Já foram dezenas de ligações para o Planserv, mas nenhum retorno concreto.

“Eu tenho mais de 20 protocolos, que todos os dias eu ligo para o plano de saúde. Aí todo dia é uma conversa, que está rodando nas empresas. Em nenhum momento também eles estão liberando as negativas, porque eles sabem que isso aí é prova contra eles mesmos, mas só estão na enrolação, dizendo que as empresas já estão fazendo cotação. Você faz perguntas, você faz ligações e as informações não casam. São informações soltas”

Além da espera que altera a rotina da criança e da família, a paciente acaba ficando exposta ao risco de novas infecções por estar dentro de um hospital.

“A gente não pode ficar o tempo todo aqui no hospital, porque a menina está suscetível a pegar novas infecções e novos problemas, é uma paciente que já tem uma saúde fragilizada. Ela já está agitada, estressada porque está em um ambiente hospitalar, ela saiu da rotina dela”.

O apelo da mãe é para que a situação seja resolvida o mais rápido possível, pois já são quase 30 dias vivendo o estresse da situação e sem informações sobre previsão de resolução. 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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