2 de December de 2025
Frei Jorge Rocha
Frei Jorge Rocha - Foto: Beatriz Rosado
Deixando um legado de gestão humanitária, capuchinho seguirá a partir do dia 20 de dezembro com novos desafios profissionais, acadêmicos e pessoais.
Frei Jorge Rocha
Frei Jorge Rocha – Foto: Beatriz Rosado

Após seis anos à frente da Fundação Santo Antônio, que gerencia veículos de comunicação como a Rádio Sociedade News, Princesa FM, Rádio Caraíba (Senhor do Bonfim) e Rádio Interativa (Itabuna), o Frei Jorge Rocha se despede da função de superintendente para assumir um novo desafio em Salvador.

Durante o programa, Acorda Cidade, ele explicou que a transição da superintendência deve ser concluída neste mês de dezembro. Quem assume a missão agora é o Frei Cristóvão Lima, que estava anteriormente na direção do Colégio Santo Antônio.

“Amanhã, por exemplo, vamos ter já uma reunião apresentando o pessoal, como funciona, essas coisas todas. E depois documentação, como nós somos uma fundação, então a nossa documentação é mais rigorosa, é demorada também” 

Entre as atribuições do Frei Jorge, estão alguns programas de rádio como Saber e Crer, Minuto de Fé, entre outras produções especiais que ele assumiu por amor e compromisso à comunicação. Em reunião conjunta a destinação sobre a apresentação dos programas será discutida para organizar da melhor forma.

Para as pessoas que foram cativadas pela gestão do Frei Jorge, ele conta que agora vai seguir com diversos projetos, pessoais, profissionais e acadêmicos, mas que não pretende se desvencilhar da comunicação.

“Eu tô fazendo agora um pós-doutorado na PUC no Rio de Janeiro na área de Ciências Humanas da Teologia. E aí depois eu vou para Salvador, de onde eu vim, moro lá no Centro Cultural dos Capuchinhos. Não vou me distanciar do rádio, vou continuar aqui fazendo uma consultoria, assessoria, um bloco, um programa aqui acolá. E já tenho convites também pra gente ir a algumas rádios e fazer alguma coisa”

Entre as novas metas estão também as viagens pelo Brasil e pelo mundo.

“Tenho duas viagens internacionais no ano que vem programadas. Ainda não falei com meu superior. Mas preciso conversar com ele para ele aprovar. E vou fazer aí retiros, encontros, conferências, aquilo que eu gosto de fazer mesmo, seja no nível do rádio, seja no nível da teologia, das ciências humanas ou espiritualidade empresarial, que é a área que eu estava anteriormente para onde eu vou voltar”

Espiritualidade empresarial é a área de identificação do capuchinho a qual ele pretende continuar atuando. O conceito é na prática uma consultoria para incorporar nas empresas valores humanos que vão atribuir uma dinâmica de trabalho mais humanitária.

“Nós trabalhamos o aspecto humano dizendo que o aspecto fé, independente de como seja, é um incremento importante para produção e para relações humanas. Então, por exemplo, um aniversário da empresa,, eu tenho de 15 a 20 minutos para poder fazer algo deste nível, e a gente fazia um trabalho também de acompanhamento”

Trajetória

Em sua trajetória em Feira de Santana, Frei Jorge Rocha foi o primeiro pároco da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no bairro Tomba. Na Fundação Santo Antônio a superintendência foi a terceira passagem do Frei, que já atuou em outras funções da Rede.

Frei Jorge Rocha
Frei Jorge Rocha – Foto: Beatriz Rosado

A experiência foi um desafio que a princípio o amedrontou. “Eu não queria vir. Agora não tô querendo sair, mas agora eu tenho que sair pelo voto”, contou.

“Eu estava bem na Universidade Católica de Salvador. Era doutor, professor dedicação exclusiva. É o máximo que todo professor pede numa universidade, chegar a 40 horas. Aí a província me pediu, ‘Frei, precisamos de você lá na Rádio Sociedade’. E como eu era do conselho também, um dos conselheiros e a gente o primeiro a dar o exemplo”

Treinado por Frei Vandeir, Frei Jorge fez também um curso qualificatório para gestão de rádio. Ele conta que além do voto de obediência feito pelos capuchinhos a Província avalia as necessidades pastorais antes de fazer uma mudança.

“São essas essas duas esses dois elementos. E é claro que também se observa as habilidades da pessoa para determinadas áreas. Então eles julgaram que eu tinha essas habilidades, e então a gente só resta dizer sim, porque esse é o nosso itinerário, o nosso ritmo de vida. Ninguém pode dizer daqui eu não saio, daqui ninguém me tira”

Ao chegar na superintendência em 2019, ele buscou praticar a teologia da espiritualidade empresarial, ramo que já possuía expertise ao trabalhar com grandes empresas anteriormente em Salvador.

“O maior capital que nós temos é o ser humano. Não tem outro melhor capital, não tem inteligência artificial, não tem automação. O ser humano é insubstituível. E eu trabalhei isso nessas empresas por onde eu passei, e aqui nós fizemos a mesma coisa. Sem abdicar do técnico, mas minha grande bandeira é trabalhar o capital humano. Técnica, cumplicidade, envolvimento, alegria de estar no local de trabalho como local de felicidade, como local da extensão da sua família”

O legado foi deixado, e agora segue com novas experiências que serão agregadas pela nova gestão a partir do dia 20 de dezembro.

“O grande grande legado que eu quero deixar é que nós convivemos bem. Convivemos com humanidade, com respeito, com alegria, com sorrisos. Tem um legado técnico também que não pode deixar de evidenciar. Então esses elementos que vão nos encorajando”, completa.

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