O superintendente municipal de trânsito, Ricardo Cunha, em entrevista ao Acorda Cidade, apresentou as principais ações desenvolvidas pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) ao longo de 2025, além de realizar uma comparação entre o cenário municipal e nacional.
De acordo com o superintendente, a SMT acompanhou 690 atividades ligadas a eventos coletivos e realizou mais de 11.000 atendimentos online, por meio de canais de comunicação e telefone. Além disso, expediu 1.620 credenciais de estacionamento.
Na área da engenharia de tráfego, Ricardo informa que houve mais 440 projetos, resultando em cerca de 500 intervenções viárias, seja por meio de visitas técnicas ou mudando o sentido de uma via.
Embarque e desembarque
O embarque e desembarque no centro da cidade foi um dos destaques das ações da SMT no ano, com o objetivo de melhorar a dinâmica do trânsito, especialmente para os motoristas de aplicativo, que precisam estacionar rapidamente para aguardar o passageiro.
O projeto teve início na Avenida Senhor dos Passos, pois era o local onde um maior número de pessoas estavam sendo autuadas e, atualmente, conta com três pontos. De acordo com Ricardo, a proposta da SMT é adicionar mais 27 pontos, totalizando 30.
Aferição de radares
A Rua Rubens Francisco Dias e a Avenida Fraga Maia foram contempladas com novos radares de velocidade, aferidos na última segunda-feira (22). Os equipamentos entrarão efetivamente em atividade a partir de janeiro, mas durante o mês de dezembro, estão ativos no chamado “prazo educativo”. “Agora vamos dar um prazo, para a população se acostumar, sempre fazemos isso, chamamos de ‘prazo educativo’. Precisávamos regulamentar e diminuir a velocidade nesses locais”, informou Ricardo Cunha.
Maiores desafios: mudanças de comportamento
Segundo Ricardo, um dos maiores desafios enfrentados pela SMT neste ano, foi a dificuldade de mudança dos condutores. Ele exemplifica a situação por meio do uso das faixas de pedestres e da direita. Em 2025, foram implantadas 132 faixas de pedestres, número abaixo da meta inicial de 200, devido a imprevistos no cronograma da empresa responsável. Mesmo assim, ele reforçou que o respeito à faixa e às regras de preferência ainda é um problema a ser sanado.
“As pessoas precisam aceitar que têm que parar nessa faixa, precisam aceitar que é direita livre. Eu não posso acessar uma direita livre se eu, efetivamente, não for para a direita. Não posso deixar de dar um tipo de preferência aos veículos motorizados de menor porte, exemplo de motocicletas”, comentou o superintendente.
Pontos de reclamação
Alguns locais em Feira de Santana geram os conhecidos “gargalos”, ou seja, pontos em que os veículos ultrapassam a capacidade de escoamento da via, reduzindo a fluidez no trânsito.
“As pessoas não aceitam que Feira de Santana é uma metrópole. E se é metrópole, claro, teremos vários pontos com problemas com a quantidade de veículos. Estava conversando com um amigo de Salvador, e ele estava falando que ama andar em Feira, que não vê nenhum tipo de problema a nível de tráfego aqui. Engarrafamentos se desfazem no menor espaço de tempo possível, mesmo nas festas, né? A gente teve isso no Natal Encantado”, relatou Ricardo Cunha.
Infrações mais registradas
Em relação às infrações mais registradas, o superintendente destacou o estacionamento ao lado de outro veículo (fila dupla) e o excesso de velocidade, mas que acabará com elas por meio da implantação dos pontos de embarque e desembarque. O superintendente explicou que essas infrações são as mais captadas devido ao uso de tecnologias, como câmeras e radares.
Mesmo com o crescimento moderado das multas em Feira de Santana, Ricardo afirmou que o número foi de no máximo 30% nas categorias mais afetadas (como velocidade com 12% de aumento), ficando abaixo do aumento nacional de 150%. “A gente entende que no Brasil todo houve um aumento pujante na quantidade de infrações. Isso também tem influência na questão dos motociclistas, que estão se envolvendo muito em sinistro, mas o Feira de Santana ficou muito abaixo desse dado nacional”, afirmou.
Com informações do repórter Paulo José, do Acorda Cidade
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